segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ponto de Ônibus

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Cidade caída.
Conjunto em solidão berrante.
Uma cabeça penaliza
um caco de vida andante.
E os mortos que se arrastam
procurando um caminho achado,
Escrevem em um pergaminho sujo
o que, para eles, já é predestinado.
Enquanto isso, o observador
continua de cabeça erguida
Diante de um texto de terror
Sabendo que existe
uma infância perdida.
E o poeta sabe que
por mais da sua mente decida mostrar,
somente o próprio demente
pode se propagar pelo ar.

(Guilherme Reis Holanda)

Um comentário:

Juliaaa disse...

Eu juro que vi você,pensando o que iria escrever,com uma mochila nas costas...ahh é claro chegando ao ponto de ônibus :D
(a palavra DEMENTE me deu medo cara o.0)