segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Torto Flamejante Mágico Voador

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..é sempre em clima festivo
quando a fogueira ata a noite
e as risadas, sem que se note
vão formando um calor,
que uma pobre vitima donzela
que é levada até uma cela,
é enforcada sua goela
pelo torto flamejante mágico voador.

bizarrices desse mito
transitam por cantos mais!
é sempre o vento que leva e trás
a noticia de um outro ataque avassalador..
seu alvo são cidades pequenas.
vilarejos.. bonitas camponesas, apenas.
horripilantes são as lembranças das cenas
do ataque do torto flamejante mágico voador.

músicas e cantigas ao seu respeito foram feitas.
umas ameaçadoras e outras bem perfeitas!
o pavor desde então se espalhou pelas colheitas
por onde caminhava o boato repreendedor..
conta-se até a história da amiga da filha do padeiro
que é sobrinha dum amigo do ferreiro
que depois de viajar o mundo inteiro,
foi dilacerada pelo torto flamejante mágico voador.

sendo assim, nao se sabe se é pra rir ou pra temer
essa história inusitada que, ao meu ver,
nao fez sentido algum para o leitor..
cuidado e sempre fique atento!
não se sabe até onde é real ou invento,
pelo menos, não até o momento,
a história do torto flamejante mágico voador..


(Guilherme Reis Holanda)

domingo, 20 de junho de 2010

libertai-vos!

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curioso sentimento foi esse que se desfez..
depois de muito tempo foi todo embora de uma vez!
juro que nao entendo como que essas coisas mundanas são..
num instante,
o importante.
no outro momento,
perde a razão.

pra não dizerem que sou convencido
digo até o que não devia:
procuro nos seus olhos de brilho
(e não no brilho dos seus olhos)
a formula antiga estigmada,
em que se equacionava a minha paixão de mania.

sumiu entre o suor e a poeira!
sinto-me livre do pesado grilhão que me envolvia.
espero que isso tudo vire piada num bar!
.. não me esqueço:
fomos grandes amigos, fomos grandes irmãos algum dia..


(Guilherme Reis Holanda)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

uma noite tal

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reparo nas histórias por entre meus dedos.
vivi, cresci
(e que haja ambiguidade nesse verbo!)
nessa noite calma e clara
aprecio a luz elétrica entrando por entre o quarto escuro
reluzindo na taça de cristal..
giro a taça,
sorrio ao vinho tinto!
..esse novo quarto,
veio em novos ares,
marcando uma nova vida.
..e minha alma grita, mesmo sem entender,
os versos de strawberry fields forever,
strawberry fields forever,
strawberry fields forever..

enquanto isso espero o sono me acabar
ou qualquer outra mensagem chegar...


(Guilherme Reis Holanda)