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É com grande insatisfação
E vontade de suicidio
Que escrevo com minha mão
Essa carta-homicídio.
Homicídio pois te mato.
Te mato dentro de mim.
Não mereces ser meu pai...
Eu, criança-puta,
Trabalho como prostituta
Fazendo do meu futuro
O teu desejo de consumo,
Pago.
Pois é.
Destruiste sonhos de jovem.
Tornou-os cinzas.
Migalhas!
És do Cartola, o moinho.
Do Chico, roda viva.
De tantos outros, perdição no caminho...
De mim,
Fizeste bicho de palha!
Fique com o seu Deus.
(Guilherme Reis Holanda)
2 comentários:
oh god
Há pouco tempo conversando com sua tia Tereza, ela me disse que tinha um sobrinho escrevendo um blog muito bom e recomendou que eu viesse ler, pois tinha certeza que eu iria gostar.
Realmente adorei, comecei a ler aos poucos e em ordem de postagens.
Eu juro que gostaria de comentar a respeito desse poema em especial, mas é impossível, muito bom, não vejo nada tão bem escrito há muito tempo! Resumo em uma palavra: VISCERAL.
Se continuares assim em breve estará publicando.
Abraços e sucesso sempre!
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