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foi nessa noite fragorosa,
em que implorei o abrigo de uma triste companhia..
negado, eu apertei o espinho da rosa
enquanto sua seiva jorrava em minha face e a rosa sorria.
outrora quando fui cravo
e, embaixo de uma sacada, com a rosa, me desentendia
vi que ela não tinha piedade. quase que cavo
a cova que vou me guardar pensando no passado qualquer dia.
..e enquanto a mente voa,
idéias mirabolantes surgem à toa.
me apresso pra, da história ou desses dias, chegar o fim.
Ao lado da rosa, o vermelho me destoa.
tento levar o barco cortando o vento de proa
enquanto percebo que tenho vergonha de mim.
(Guilherme Reis Holanda)
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