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foi em tempo passado
que senti o gosto doce e amargo
dessa tal fruta orvalhada.
as gotas de agua sobre a casca
davam sede de mar!
a cor rosa-quente
me atraía pelo olhar!
mas a fruta caiu...
afinal, elas caem.
pensei nas consequencias
da gravidade e da colisão.
combinadas, fariam da fruta
adubo virado p'ro chão.
chão de concreto!
a grama havia sumido..
a penumbra dominou seu lugar,
porém,
o seu brilho, a suculência
nunca perderam a essência
e continuaram a me encantar!
nao satisfeito,
driblei arvores mil,
escapei da selva de pedra,
penetrei aonde estavas repousada
e, com um tiro de luz,
a penumbra se esvaiu.
agora, me sinto por completo!
se mais do mal aparecer,
esquivo.
na fruta, sinto coração bater...
...vivo!
(Guilherme Reis Holanda)
Um comentário:
é isso cara! vc acertou no ponto! nao podemos deixar a grama, a terra ser substituida por concreto. e mais... sempre ter uma muniçao pronta pra dar um tiro de luz. gostei muito.
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