domingo, 3 de outubro de 2010

emsana

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estava ali, eu, indefinível.
perdido e me achando dentro da tal mata fechada..
sentado ali, eu, desprezível.
sentindo o gosto, o cheiro e a cor da pura água..
descidi me aventurar.

subi o fluxo do rio.
um escorregão ali, um outro desvio..
como criança, estava eu aprendendo a andar!

o segredo da caminhada foi olhar pro chão.
cada pedra um desafio:
pensava na força, no modo, no equilibro de se pisar com precisão
enquanto isso, continuava a subir o rio..

calmamente, uma por vez, fiz a minha estrada.
volta e meia eu encontrava uma pedra complicada
mas elas mesmas me diziam o que fazer na situação..
usei do meu corpo tudo que podia.
a água já nao era mais totalmente fria.
da natureza, aprendi a ser um animal de estimação!


(Guilherme Reis Holanda)

Um comentário:

Bártolo disse...

Muito bom. Muito bom mesmo!