domingo, 3 de outubro de 2010

irmã da vida

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"É na clareza da mente que explode a procura de um novo processo",
e justamente por eu não pensar o inverso
que te escrevo esses versos tortos!
estava eu à alguns anos atrás
procurando uma beleza nas coisas que a vida leva e trás
quando te olhei com meus olhos quase mortos!

estranha sensação de simpatia eu senti..
você quieta, meio esquisita até.. sentada ali
ja tinha herdado minha total confiança!
e depois de um tempo, com as nossas conversas,
comecei a juntar todas as peças:
nascera uma amizade mais intensa que de criança!

oportuna época foi a que se uniram nossas emoções:
corremos à galope na pista das evoluções!
meu cavalo preso ao teu. no mesmo ritmo à cavalgar..
costumo dizer que cada poema tem um clima
mas esse aqui não sei nem por que tem rima..
o que importa é que é pra ti, Clarear!


(Guilherme Reis Holanda)

emsana

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estava ali, eu, indefinível.
perdido e me achando dentro da tal mata fechada..
sentado ali, eu, desprezível.
sentindo o gosto, o cheiro e a cor da pura água..
descidi me aventurar.

subi o fluxo do rio.
um escorregão ali, um outro desvio..
como criança, estava eu aprendendo a andar!

o segredo da caminhada foi olhar pro chão.
cada pedra um desafio:
pensava na força, no modo, no equilibro de se pisar com precisão
enquanto isso, continuava a subir o rio..

calmamente, uma por vez, fiz a minha estrada.
volta e meia eu encontrava uma pedra complicada
mas elas mesmas me diziam o que fazer na situação..
usei do meu corpo tudo que podia.
a água já nao era mais totalmente fria.
da natureza, aprendi a ser um animal de estimação!


(Guilherme Reis Holanda)